sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Ad Libidum 102 47 (7ª parte)

Olhou para cima, para os seus lábios, iguais aos do sonho. Sentia-se a tremer, não sabia o que fazer. "Eu vou buscar um copo com água", disse Ela. Chegou, fez-lhe uma festa na cara e disse-lhe para beber. Susan sentiu-se mais ridícula que nunca. E saberia essa mulher d'aquele amor? Bebeu a água e olhou-a mesmo nos olhos.

A mulher, que já sabia que Susan era a mulher que precisava, sentiu nos olhos desta a paixão necessitada, e ficou ainda mais apaixonada. Desde a primeira vez que Susan entrou no café ela ficara diferente. Ficava o dia inteiro à espera que ela aparecesse. E quando aparecia fixava-se nela, sorrindo estupidamente por dentro.

Naquele momento já não existia mais nada. Estavam as duas perdidas no olhar uma da outra. Nada mais importava. A mulher chamava-se Anabela. Anabela decidiu sentar-se ao lado de Susan. Sorriu. Perguntou se se sentia melhor, ao que Susan respondeu que sim. Pôs a mão por cima da dela.

O dono do café estava demasiado ocupado a dar ordens às outras empregadas do café para dar pela falta de Anabela. E quem entrava no café apenas via duas boas amigas sem mais nada que fazer!

Susan respirou fundo e, sem dar conta, disse a Anabela: "Preciso de te contar um coisa...". Anabela interrompeu-a: "Eu também: és linda!". Voltou a tocar-lhe na cara. Precisavam de se abraçar. Pegou-lhe na mão e arrastou-a até à casa-de-banho. Beijaram-se, sentiram os lábios uma da outra, sentiram as suas línguas, e agarraram-se, abraçaram-se.

Susan pediu-lhe: "Faz amor comigo!". Anabela respondeu que sim, mas não estavam no sítio em que ela sempre o imaginara.

Saíram da casa-de-banho e Anabela escreveu a sua morada num papel, que entregou a Susan. "Aparece às 21h"

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ad Libidum 102 47 (6ª parte)

Susan, assim que acordou, apressou-se a sair de casa de Pedro sem fazer o mínimo de barulho. Estava perturbada e não percebia o significado daquele terceiro sonho. Em poucos dias já tinha tido tantos sonhos daqueles...
Depois de uma noite de sexo sentia-se só, miserável... Sabia que Pedro a amava e ela... bem, tivera muitas dúvidas, mas nessa noite essas dúvidas tinham acabado. Não era Pedro que amava. Mas será que amava alguém? "Estou concerteza a ficar maluca. Tenho o homem mais bonito e romântico que se pode desejar e não estou feliz. Mas também não acredito que seja culpa daqueles sonhos estúpidos! Que eu... enfim... adoro. Quando sonho com ela sinto-me feliz, realizada, amada!"
E divagava... divagava...
E assim, meio triste, meio apaixonada, dirigiu-se ao café. Bem podia estar lá aquela empregada irritante, que ela não queria saber; agora sabia que não amava Pedro e os olhares que ela lhe lançara eram-lhe indiferentes.
Sentou-se. A empregada dirigiu-se à sua mesa: "Deseja alguma coisa?". Susan pediu o café do costume mas a empregada continuou, muito simpática: "Tem cá vindo muitas vezes. Trabalha aqui perto?". Mas Susan não a ouvira. Os seus olhos estavam involuntariamente colados ao seu decote e camisola preta. "Desculpe. Sente-se bem? Está completamente paralisada". Ela não conseguiu olhar a mulher nos olhos. Tinha conciência que esta não reparara, mas não era disso que tinha medo. Tinha medo de descobrir que era Ela.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ad Libidum 102 47 (5ª parte)

Nessa noite, Susan, mais uma vez, não foi com ele que sonhou... Sonhou que estava sentada e a mulher estava completamente nua à sua frente e que lhe dizia "Sou tua". Desta vez pôde ver os seus lábios pequenos e róseos e o seu pescoço. Então a mulher aproximou as pernas da cara de Susan e implorou-lhe "Possui-me".

Ad Libidum 102 47 (4ª parte)

Quando ela se deitou sorriu pelo tempo passado com o ex-namorado (Pedro). Seguidamente recordou-se da mulher do sonho, obviamente tinha sido só um sonho, uma mulher (ou melhor, o lado erótico de uma mulher)... algo que também a fazia sentir algo mas que não existia.
Demorou a adormecer ao pensar nas últimas horas da sua vida. No instituto reparara em todas as mulheres e nenhuma lhe chamara a atenção; repentinamente revive o passado, com o homem que amou no fim da adolescência. Agora, adulta, esperava comportar-se à altura e tentar que a relação desse certo.
Sonhou com um beijo quente no pescoço e que alguém a abraçava por trás. "Só podia ser ele".
No dia seguinte encontraram-se novamente no café. Minutos depois Susan começou a sentir-se incomodada porque sentia os olhos da empregada do dia anterior colados a Pedro; então sugeriu dar um passeio, ao que ele respondeu que preferia levá-la a casa para ficarem mais à vontade. Susan aceitou.
Ficaram no sofá a conversar mas Pedro já não se conseguia controlar; ela deixava-o excitado e isso era visível. Ela, ao vê-lo assim, ficou embaraçada e parou o que estava a fazer. Ele beijou-a e sem demoras tirou-lhe as calças; ela não reagiu, deixou-se levar. Depois tirou-lhe as cuecas e baixou as suas calças e boxers também. Susan já não se lembrava o quão grande era o sexo dele e ficou ainda mais molhada. Deitou-se e deixou que ele a penetrasse. Nesse momento percebeu que aquilo não era amor, era necessidade de intimidade física, de prazer. E apreciou cada momento de prazer com ele.
Quando já se tinham deitado para se prepararem para um novo dia de trabalho, ele sussurrou-lhe "Amo-te muito". Ela fingiu dormir.

sábado, 1 de novembro de 2008

Ad Libidum 102 47 (3ª parte)

Depois de tanto tempo a pensar quem poderia ser e o que faria para encontrar tão linda e especial mulher, Susan apercebeu-se que estava atrasada para o trabalho. Vestiu as roupas formais de sempre e saiu de casa.
Enquanto caminhava pelas ruas do Porto, e apesar de evitar fazê-lo, olhava para todas as mulheres por quem passava para tentar averiguar se era alguma delas; olhou através das suas roupas, e, sem dar conta, esqueceu-se do motivo porque o fazia e, pela primeira vez na sua vida, começou a despi-las mentalmente sem se preocupar se estas reparavam ou não.
De repente sentiu uma mão no seu ombro. Era o seu ex-namorado. Ele perguntou-lhe como estava e se tinha tempo para um café. Ela respondeu atrapalhada que não e que já deveria estar em mais um dos colóquios que costuma organizar e "talvez depois", mas que gostou muito de o ver. Correu para o instituto.
Assim que saiu do instituto vi que o seu ex-namorado à sua espera com um ramo de rosas. Não sabia o que sentir... Eles tinham acabado porque já não se amavam; ela sabia que ele a traíra mas nunca teve coragem para lhe dizer que o sabia, e, ao mesmo tempo, ela também só estava com ele porque precisava de carinho, compreensão... Nunca compreendeu como o amor acaba assim... Mas... será que fora amor? Ou apenas necessidade de alguém? E se não desvendara isso no passado também agora estava a ser difícil saber se se deveria sentir amada, gozada, chateada... Decidiu dizer apenas "Olá". Então ele insistiu outra vez para um café e ela pensou que não perderia nada com um simples café.
Chegaram ao café, conversaram sobre coisas banais, ambos com medo de chegar à parte das "coisas séria"; ele decidiu começar a dizer piadas sem sentido e ela resolveu rir por simpatia... E então riram-se os dois da própria estupidez! Mas depois de umas gargalhadas veio o silêncio. Ela pensou que tinha saudades dos tempos em que o conheceu; ele pensou que tinha vontade de a fazer rir por mais estúpido que fosse o motivo e que adorava a forma como os lábios dela se moviam quando ria. Tocou-lhe nos cabelos e tentou beijá-la. Mas foi interrompido. A empregada do café disse que pedia desculpa se interrompia mas que estava na hora de o café fechar. Ele pagou a conta. Saíram e combinaram um café para o dia seguinte.

Ad Libidum 102 47 (2ª parte)

Susan acordou molhada; mas o primeiro pensamento que lhe ocorreu foi "Quem seria aquela mulher?" (que a deixou tão louca).
Susan acredita que nada acontece por acaso, nem mesmo os sonhos!
Então ela começou a pensar, mas não se lembrava da cara dEla, nem tinha a certeza sequer se tinha sonhado com a cara. A única coisa que se recordava era o que tinha sentido durante o sonho: prazer! Mas tinha sentido algo mais... um calor... um arrepio... aquilo que se sente quando se... ama. Se ama? Como era possível amar alguém que nunca tinha visto, ou pelo menos, que não sabia quem era?

Ad Libidum 102 47 (1ªparte)

Ela dançava e olhava profundamente para Susan.
A dança foi-se tornando mais sensual e o olhar mais provocante. Começou a tocar na Sua camisola preta e despiu-a; usava um soutient cor-de-rosa. Susan já mal se controlava. Então Ela sentou-se ao colo de Susan, que já louca começou a aproximar a sua cara dos seios dEla e a agarrar-lhe as costas na esperança de Lhe tirar o soutient.
E aí o despertador de Susan tocou.