quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ad Libidum 102 47 (6ª parte)

Susan, assim que acordou, apressou-se a sair de casa de Pedro sem fazer o mínimo de barulho. Estava perturbada e não percebia o significado daquele terceiro sonho. Em poucos dias já tinha tido tantos sonhos daqueles...
Depois de uma noite de sexo sentia-se só, miserável... Sabia que Pedro a amava e ela... bem, tivera muitas dúvidas, mas nessa noite essas dúvidas tinham acabado. Não era Pedro que amava. Mas será que amava alguém? "Estou concerteza a ficar maluca. Tenho o homem mais bonito e romântico que se pode desejar e não estou feliz. Mas também não acredito que seja culpa daqueles sonhos estúpidos! Que eu... enfim... adoro. Quando sonho com ela sinto-me feliz, realizada, amada!"
E divagava... divagava...
E assim, meio triste, meio apaixonada, dirigiu-se ao café. Bem podia estar lá aquela empregada irritante, que ela não queria saber; agora sabia que não amava Pedro e os olhares que ela lhe lançara eram-lhe indiferentes.
Sentou-se. A empregada dirigiu-se à sua mesa: "Deseja alguma coisa?". Susan pediu o café do costume mas a empregada continuou, muito simpática: "Tem cá vindo muitas vezes. Trabalha aqui perto?". Mas Susan não a ouvira. Os seus olhos estavam involuntariamente colados ao seu decote e camisola preta. "Desculpe. Sente-se bem? Está completamente paralisada". Ela não conseguiu olhar a mulher nos olhos. Tinha conciência que esta não reparara, mas não era disso que tinha medo. Tinha medo de descobrir que era Ela.

1 comentário:

Anónimo disse...

olaa

I still waiting for more...

very good your text :D